É de madeira a porta que bate e o cão que late Não morde e a janela que lá fora o sol esconde O vinho quente e vermelho não deixa cair, deixa fluir. Demora, mas nunca mais pra sempre é que não é. Vento que bate, leva embora pra longe... A tristeza que agora não posso mais carregar À noite o gato que corre na rua A lua e a estrela que brilha O xale azul e os olhos de ameixa A mão que é sua, a sombra, a voz e a vontade que dá Ai que esse amor de tão grande acaba por me matar