De tudo o que o vento traz Quase nada permanece Permanente vem e vai Coisas sempre morrem e nascem Os afetos são iguais Amores desaparecem Mas de tudo que se vai Algo finca o pé e não arreda Pra que esconder que é você? Que aparece toda vez Bagunçando a minha ideia Nas menores distrações Dentro de um jogo da velha E não é que eu queira a paz Eu até que gosto de uma encrenca Mas mesmo pra mim é demais De tudo o que o vento traz Quase tudo a gente varre Folhas secas, palha e pó Incerteza, medo e fome As delícias de um verão As lembranças de uma tarde O que vai determinar O que a mente guarda ou descarta? A minha não larga você Não sei de onde você vem Muito menos o seu nome Se eu te vi só uma vez Como posso estar insone? Como fui ficar assim Por alguém que é só uma ideia? Isso eu pergunto a você