Sou grosso de natureza Morro de velho e não mudo Eu não conheço tristeza Eu sou um taura guapo e peitudo Sigo campeirando a sorte Pouca coisa eu não me mudo Distorcendo o bagualismo Assim mesmo sem ter estudo Vou distribuindo civismo Com este meu peito cuiudo ♪ Me criei numa tapera Arrancando toco afamado No meio de uma tiguera Escoivarando abaixado Devassando taquaral Granjando campo gramado No cabo da ferramenta Virando cerro e banhado E dando pau pelas ventas De algum zebu aporreado ♪ Potro de três, quatro ano Agarro pelas oreia' No xucro verso pampeano Minha garganta gineteia Índio covarde dispara Sendo macho corcoveia Perigo jamais me estraga Em algumas pegadas feia Devo a faísca de adaga Me defendendo em peleia ♪ Redomão nunca se amansa Bagual xucro não se entrega E a minha ideia se avança E só mesmo Deus me assussega Nunca eu frouxei o garrão Pra filumbro que se nega Laçando vaca aporreada E terneiro pelas macegas Os pé trincado de geada E tapado de pega-pega