Nos tempos que eu era peão saltava de madrugada Fazia o fogo de chão aquentava o chimarrão Na cambona enfumaçada E a minha estampa é testemunha de tudo isso que falo Os campos brancos de geada De bombacha remangada ia buscar os cavalos E a minha estampa é testemunha de tudo isso que falo De bombacha remangada nos campos brancos de geada Ia buscar os cavalos E eu aviso a gauchada que não é conversa fiada Por favor, preste atenção, eu sofri barbaridade Hoje só resta saudade dos velhos tempos de peão E eu aviso a gauchada que não é conversa fiada Por favor, preste atenção, eu sofri barbaridade Hoje só resta saudade dos velhos tempos de peão Só ia cedo pro campo, cavalo bem encilhado Passando horas amargas, bombacha larga E chapéu grande bem tapeado Tirava o laço dos tentos fazia uma grande armada Pra criar touro mateiro acabei criei ternero E alguma oveia bichada Não tinha dia nem hora pra atender meus compromisso Não adulava patrão e nos tempos que era peão Não refugava serviço Ainda tenho no corpo cicatriz de campereada Me nego a sorte aragana e nos pagos de uruguaiana Quase morri numa rodada Ainda tenho no corpo cicatriz de campereada Me nego a sorte aragana e nos pagos de uruguaiana Quase morri numa rodada E eu aviso a gauchada que não é conversa fiada Por favor, preste atenção, eu sofri barbaridade Hoje só resta saudade dos velhos tempos de peão E eu aviso a gauchada que não é conversa fiada Por favor, preste atenção, eu sofri barbaridade Hoje só resta saudade dos velhos tempos de peão