Peço ao patrão das alturas Me livra deste sufoco Que meus tareco que eu tenho Esta sobrando muito pouco Fiz promessa não adianta Até já rezei várias vezes Parece que eu fui nascido Numa sexta-feira treze Me criei de peão por dia No fundão de campo aberto Por ter crescido sem sorte Peguei o caminho incerto Desde guri fui disposto Trabalhador e esperto Não sei que, que eu fiz de errado Pra mim nada dá certo Meus cachorro enlouqueceram Morreu meus porco que eu tinha Me bate o sorro lá em casa E comeu tudo minhas galinha O que plantei perdi tudo Morreu por falta de chuva Pra ver se me endireitava Eu me casei com viúva Me acontece tanta coisa Que eu quase que me comovo Pode ser que um pai de santo Me livre deste retovo Eu bem faceiro com a viúva Me fui num baile no povo Por lá me tomaram a veia E fiquei solteiro de novo Minhas vacas morreram tudo Por que pastaram miu-miu Dos guaxos só sobrou um Que escapou do xirriu E o patrão com os bofes azedos Não olha firme em meu rosto E pelo jeito me solta Não passa do mês de agosto Mas mesmo assim não desisto Sou missioneiro peitudo Que cada dia que passa Levo um tufo macanudo Os meus arreios e meu laço Os rato atoraram tudo Me roubaram a égua veia E me caparam o cuiudo