Cantar de galo acorda o capataz Que grita no mais levante peonada Que eu já tô sentado na beira do fogo Com a chaleira quente e a cuia cevada Enquanto mateamo eu faço bem ligeiro Café campeiro pra firmá o servido Na panela preta tenho o revirado Bucho aferventado com feijão mexido Tendo por costume diz o peão caseiro Vou pegar o sogueiro e vou a tear os cavalos Se algum dos matungo refugar a manada Só por pataquada já boto-lhe um pialo Diz o capataz de poncho emalado O tempo tá nublado e pode chover Tirem os pelegos desabe o sombrero Que mesmo com chuva vamo recorrer Fica um dos peão pra arrumá a portera Leva a cavadeira e o socador Quebrou os palanque a cerca tá deitada Na beira da estrada lá no corredor Leva a cachorrada vão no meu costado Pra tirar algum gado de dentro do mato Depois de reunido levo pra mangueira Pra curar bicheira, berne e carrapato Cerra a manada dê água e cuiudo Que um peão macanudo oréia e segura Enquanto um dosa outro tosa as crina Empareia os cascos e troca a ferradura Pra bagual inteiro deixa esse gateado Que é confirmado e vai dar marchador Arranca da faca e capa esse outro caco Porque esse não presta pra reprodutor