No lombo do bagualismo Nunca frouxei meu garrão Trago o meu poncho manchado Do picumã do galpão Comendo bago de touro Nos dias de castração Minhas melenas enfumaçada E um velho fogo de chão Comendo bago de touro Nos dias de castração Minhas melenas enfumaçada E um velho fogo de chão Chapéu grande bem tapiado Pra escorar o vento minuano Dentro do peito e da goela Levo o Rio Grande campeano Comendo churrasco gordo Pra reforçar meu tutano Vou fechando o modernismo No peito do baio ruano Comendo churrasco gordo Pra reforçar meu tutano Vou fechando o modernismo No peito do baio ruano Moro num rancho bem simples Só como boia grosseira Chimarrão sempre cevado Água quente na chaleira Eu ando sempre pilchado Pra mamter a estampa campeira E as vezes faço um costado Pra uma gaita botoneira Eu ando sempre pilchado Pra mamter a estampa campeira E as vezes faço um costado Pra uma gaita botoneira Nossa cultura gaúcha Hoje está em decadência Mais eu concervo o que posso Com raça e cumpro a existência Pros missioneiros a no peito Eu cruzo qualquer querência Sem nunca perder a fibra Pra nunca perder a essencia Pros missioneiros a no peito Eu cruzo qualquer querência Sem nunca perder a fibra Pra nunca perder a essência O taura da pura cepa Vai compreender o que eu falo Eu varo o mundão inteiro No bagualismo a cavalo Enquanto eu viver no mundo No meu canto ninguém pisa E entra a memória a dentro Daquele que valoriza