Vez por outra alguma tropa se perde sem deixar rastro
Leva sementes de pasto pra brotar em campo ajeno
Volta e meia algum moreno no altar de pulpería
Trança rima em melodia amaciadas de sereno
Neste chão apaysanado, duas línguas, mesmo idioma
Do basto espora e cambona, do quero-quero e sorzal
Vento pampa oriental, brisa mansa brasileira
Que se mesclam nas pradeiras num chamamento ancestral
Fronteira, nunca frouxemo o garrão
Fronteira, nem refuguemo bolada
Fronteira, semo' mesmo um do outro
Da mesma pega de potro, da mesma lida campeira
Do velho e bueno, ô, de casa
La campana, un reservado, el tento crudo, el culero
Un redomón y el domero, retratos pra botar em quadro
Bocal, rédea, cacho atado, milonga, poncho y pañuelo
E uma história de sinuelo num amor contrabandeado
São essas coisas nativas no dia a dia da linha
De um destino que caminha cambiando às vezes de pago
Se é de um ou de outro lado, depende das circunstâncias
Duas pátrias, mesma estância
Dos dois lados do alambrado
Fronteira, nunca frouxemo o garrão
Fronteira, nem refuguemo bolada
Fronteira, semo' mesmo um do outro
Da mesma pega de potro, da mesma lida campeira
Do velho e bueno, ô, de casa
Fronteira, nunca frouxemo o garrão
Fronteira, nem refuguemo bolada
Fronteira, semo' mesmo um do outro
Da mesma pega de potro, da mesma lida campeira
Do velho e bueno, ô, de casa
Da mesma pega de potro, da mesma lida campeira
Do velho e bueno, ô, de casa
Fronteira (fronteira)
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