Destapo a imagem do pago Sempre que estendo uma tropa Num corredor aramado Destes que cortam rincões A casco, marco as razões Que povoam o campo aberto Quando aparto o que é certo Das mentirosas visões Na riqueza do meu mundo De espora, poncho e arreio Sei o que um pingo de freio Pode ou não pode fazer Do amor de um bem querer Faço munício pra vida Num mate depois da lida Nas cismas do entardecer Da invernada do Lagoão Até o potreiro das casa Pouco mais de meia quadra De várzea, trevo e coxilha Grama buena, de forquilha Nativa das sesmarias E um ventito que arrepia O pelo da minha tordilha Da invernada do Lagoão Até o potreiro das casa Pouco mais de meia quadra De várzea, trevo e coxilha Grama buena, de forquilha Nativa das sesmarias E um ventito que arrepia O pelo da minha tordilha ♪ Dos laços que vertem braças E abraçam as aspas e mãos A firmeza no garrão E a certeza no serviço E talvez seja por isso Que a pampa ande estampada Num retrato de invernada Na rudez do meu ofício Num fundão de fim de mundo Bordado a cova de touro O trabalho enruga o couro Na volta braba do dia O berro da gadaria Reponta um resto de inverno No terrunho amor materno Da vaca lambendo a cria Da invernada do Lagoão Até o potreiro das casa Pouco mais de meia quadra De várzea, trevo e coxilha Grama buena, de forquilha Nativa das sesmarias E um ventito que arrepia O pelo da minha tordilha Da invernada do Lagoão Até o potreiro das casa Pouco mais de meia quadra De várzea, trevo e coxilha Grama buena, de forquilha Nativa das sesmarias E um ventito que arrepia O pelo da minha tordilha O pelo da minha tordilha O pelo da minha tordilha