A vida não dá certeza Pois tudo se movimenta Cada dia representa A chance de uma surpresa E até mesmo a natureza Se altera a cada segundo O tempo é ventre fecundo Aonde tudo é gerado Se o tempo fosse parado Nada existia no mundo O tempo é ventre fecundo Aonde tudo é gerado Se o tempo fosse parado Nada existia no mundo Ninguém sabe o que será Do tempo futuramente Mas o tempo do presente Tudo tem e tudo dar Que o que tem no tempo está Em um caderno anotado Tudo que o tempo tem dado De tempo em tempo se soma Que o tempo com tempo toma Tudo o que deu no passado Tudo que o tempo tem dado De tempo em tempo se soma Que o tempo com tempo toma Tudo o que deu no passado O tempo não tem feição Não tem cheiro e não tem cor Não tem som não tem sabor Voa sem ser avião Rouba mas não é ladrão Carrega tudo o que cria Tempo é vento que assovia Que passa e faz pirueta E o vivente é borboleta Levada na ventania Tempo é vento que assovia Que passa e faz pirueta E o vivente é borboleta Levada na ventania Vejo o tempo que passou Montando o tempo que passa E já respirando a fumaça Do tempo que não chegou O tempo me atropelou No meio de uma avenida Estou na porta de saída Vendo o portão de chegada Depois de muita rodada Na bulandeira da vida Estou na porta de saída Vendo o portão de chegada Depois de muita rodada Na bulandeira da vida