Ha, ha, ha É, aí, ó ♪ Eu nunca quis te dizer Sempre te achei bacaninha O tempo todo sonhando A tua vida na minha O teu rostinho bonito Um jeito diferentão De olhar no olho da gente E de criar confusão O teu andar malandrinho O meu cabelo em pé O teu cheirinho gostoso A minha vida de ré Você me dando uma bola E eu perdido na escola, essa fissura no ar Parece que eu tô correndo sem vontade de andar Quero te apertar Eu quero te morder e já Quero mas não posso, não, porque Rubens, não dá A gente é homem, o povo vai estranhar Rubens, para de rir, menino Se a tua família descobre, eles vão querer nos engolir A sociedade não gosta O pessoal acha estranho Nós dois brincando de médico Nós dois com esse tamanho E com essa nova doença O mundo todo na crença Que tudo isso vai parar E a gente continuando Deixando o mundo pensar Minha mãe teria um ataque Teu pai, uma paralisia Se por acaso soubessem Que a gente transou um dia Nossos amigos chorando, a vizinhança falando O mundo todo em prece Enquanto a gente passeia, a gente só esquece Eu quero te apertar Eu quero te morder, bicha Só que eu sinto uma dúvida no ar Rubens, será que dá? A gente é homem, o povo vai estranhar Rubens, para de rir, menino Se a tua família descobre, eles vão querer nos engolir Rubens, será que dá? A gente é homem, o povo vai estranhar Rubens, para de rir, menino Se a tua família descobre, eles vão querer nos engolir Ô Rubens, eu acho que dá pé Esse negócio de homem com homem Mulher com mulher