Eu desejo o tempo certo Não o oposto do incerto Mas aquele que me disse: Eu sim Mãe que sopre encantamento Mesmo que no desalento Faça-me provar o que é melhor Que me alinhe ao momento Sob a luz do entendimento Que faz voltar ao pó as ilusões ♪ Sou do tempo, um resultado Inocente ou ser culpado Não, não cabe aqui juízo algum Bem melhor é ser presente Nunca dele ser ausente Pois ele se vai sem se despedir Porque o tempo não se prende Nas esquinas das quimeras Vence e rende a voz da imposição Não espera os distraídos Nem perdoa os seus conflitos E vai sem perguntar se já curou Porque o tempo é implacável Faz do medo um insondável Faz ruínas, traz a escuridão Mas o tempo desconhece Nem de longe reconhece O poder que tem o coração ♪ Há quem diga que a verdade Cedo ou tarde nos invade Frente a frente, o tempo e o coração Sem efeitos, sem disfarces Sem excessos, sem vaidades O puro estado do que já restou Um encontro entre as partes Os dois lados do embate E por fim terão que se entender Faz a conta do que vives O que somas e divides Sem temer o que faz encontrar No final, há uma pergunta Um olhar de quem escuta E não poderás mais evitar Deus em Seu lugar de honra No altar de tua alma Vai te perguntar: foste feliz?