Meu amor, afinal de contas O que quer dizer? A sua boca madura Que no suspiro me acalma Que no silêncio me ampara Como uma vida que dura, dura Meu amor, afinal de contas O que quer guardar? A mansidão do olho Que sabe ver o que deseja Que vira brisa emocionada Quando a vista mareja, veja Quero parar, ficar ali Onde o tempo tem morada Quero tentar entender A babel das falas Quando a gente se perde dentro da própria língua Mas tenho pressa Peço que morda Me arranque um pedaço dessa hora Que agora o dia dura até quase nunca mais E eu teço as ruas pra lhe ver Na paciência de lhe ter, a vida às vezes demora Meu amor, afinal de contas O que quer guardar? A mansidão do olho Que sabe ver o que deseja Que vira brisa emocionada Quando a vista mareja, veja Quero parar, ficar ali Onde o tempo tem morada Quero tentar entender A babel das falas Quando a gente se perde dentro da própria língua Mas tenho pressa Peço que morda Me arranque um pedaço dessa hora Que agora o dia dura até quase nunca mais E eu teço as ruas pra lhe ver Na paciência de lhe ter, a vida às vezes demora Meu amor, afinal de contas Se a vida é só trapaça Bebo de um gole só Encho outra vez a taça Brindo a alegria Que goteja pela pia Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Esperando por nós Por nós