Logo agora que a Senhora da Paz Virou minha Senhora Uma tal de saudade batendo lá fora Chamou pelo meu nome num samba canção O que é que eu faço? Se for abrir a porta estou dando mal passo Mas eu não tenho veias, nem nervos de aço E quero te falar de todo coração Moribundo Vim morar nesta casa por detrás do mundo Pra viver mergulhado num sono profundo Sem querer mais saber o que é ter um amor Meu senhor Mas um dia A Senhora da Paz, prima, irmã da alegria Veio e se aboletou na cadeira vazia E curou meu desejo de morte ou de dor Indeciso, indaguei a senhora o que era preciso Pra eu manter-me de pé sem perder o juízo Sem ter medo ou remoço, ela disse-me assim: É o outono Mais um velho palácio que achei no abandono Já tem outra rainha sentada no trono E o tempo da saudade já chegou ao fim Não engana, diz à ela que a vida é lupiciniana E carregar um manto de ex-soberana Eu não vou nem que o mundo caia sobre mim ♪ Moribundo Vim morar nesta casa por detrás do mundo Pra viver mergulhado num sono profundo Sem querer mais saber o que é ter um amor Meu senhor Mas um dia A Senhora da Paz, prima, irmã da alegria Veio e se aboletou na cadeira vazia E curou meu desejo de morte ou de dor Indeciso, indaguei a senhora o que era preciso Pra eu manter-me de pé sem perder o juízo Sem ter medo ou remoço, ela disse-me assim: É o outono Mais um velho palácio que achei no abandono Já tem outra rainha sentada no trono E o tempo da saudade já chegou ao fim Não engana, diz à ela que a vida é lupiciniana E carregar um manto de ex-soberana Eu não vou nem que o mundo caia sobre mim