Ai, que saudade do luar da minha terra Lá na serra branquejando Folhas secas pelo chão Este luar cá da cidade tão escuro Não tem aquela saudade Do luar lá do sertão Se a lua nasce por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata Clareando a Imensidão E a gente pega na viola que ponteia A canção e a lua cheia A nos nascer no coração ♪ Não há, oh gente, oh não Luar como esse do sertão Coisa mais bela nesse mundo não existe Do que ouvir um galo triste No sertão, se faz luar Parece até que a alma da lua que descansa Escondida na garganta Desse galo a soluçar Não há, oh gente, oh não Luar como esse do sertão Ai, quem me dera que se eu morresse lá na serra Abraçada à minha terra E dormindo de uma vez Ser enterrado numa grota pequenina Onde à tarde a surunina Chora a sua viuvez Não há, oh gente, oh não Luar como esse do sertão