Olha a marca das chagas na minha mão Dos campos de café e algodão É a dor, é glória É a cor, é agora Se na roda nós pede a bença Pra vocês eu não peço licença Sento o pé na porta que vocês fecharam Tô pouco me fodendo pro que pensa Berimbau, capoeira, levanta a poeira Os menor que é nó na madeira Sente o toque do tambor que bate Sente a mão que bate Mande in Madureira O que cês entende de preconceito Nós vive de perto Não entende? Cala a boca Faz favor, fica quieto Que isso aqui é papo reto Se não gosta então sai de perto Respeita o meu dialeto Questão do argumento não é falar muito Mas falar certo Cê não sabe de onde eu venho Do meu empenho Onde certa mão Quando eu carregava de baixo do sol carrinho de mão Do senhor do engenho Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Africá, nóis é gold "Vuadão", Usain Bolt Vem que hoje tá um azeite Chamaram problema, nóis fecha essa noite É o baile, é o esfrega Ô calor, tamborzão Pe-pe-pe-pega a visão Tchu-tcha-tchu-tchu-tchuco-tchá Eu posso, tudo posse Tudo nosso, tudo classe Com pressa que sabe sua posição No que eu vou valoriza o passe Os casebres de ocre de açafrão Nenhuma de vocês decifram Os farrapo é barroco, moleque Favela é quilombo hi-tech Resistência que vive não querer paz Quer que eu pare na carta de Pero Vaz Mano, nóis quer mais, porque somos mais Então pros que suportam muito mais Sente o grave Então prepara Quem tem xota Taca, taca na cara Sente o grave Então prepara Quem tem xota Taca, taca na cara Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Levanta essas mãos Também levanta os irmãos Levanta essas mãos Também levanta os irmãos (Ih caralho, veio quanto?)