Se arrastou no "levá" o corpo, Bem no cruzar da cancela, Saiu coiceando "os cachorro", Berrando de toda goela... Um bagual baio sestroso, De procedência malino, Malicioso em cada salto, Veiaco por seu destino. O domador tarimbeiro, Dos que nunca facilita, Por duvidar do improvavél, Bem mais em si acredita. O cordiriu garantido, Rédea chata e cincha forte, E um rebenque assoviador Mais brabo que o vento norte... O basto, quatro cabeças, Pelego branco lanudo, Forrava o trono do taura Que era taura e garronudo. Quebrado nas duas pontas, Um chapéu preto, aba dura... E um tirador de "vaqueta" Bem atado na cintura. Esporas de ferro osco, Rosetas com dente gasto... Maneador a bate-cola Já com uma ponta de arrasto... Buçal com cabresto largo E a pescoceira torcida, Maneia de couro grosso Sovada aos coices da lida. Bota com o cano dobrado, Um do outro, desparelho, A bombacha arremangada Um pouco abaixo dos joelhos. O sol queimando nos ombros Pelo mormaço da tarde, Mesclando o sal do suor Com a polvadeira que encarde. No mangueirão do rodeio, Santuário de tantos ritos, Um domeiro e um bagual baio São rimas pra um verso escrito. Porém o que eu mais queria, Que além dessa inspiração, Alguém pintasse esse quadro Com as cores do meu rincão