Todo dia é aquela loucura Tanta neura e perda de compostura A verdade morta Julgamento falho E não é como dizem o liberalismo, não é toda essa fofura Se a carne sangra sobre a sutura E a ciência sofre a pior tortura A mentira entorta O melhor atalho E a sombra do medo que vai malgastando Aos poucos nossa ternura Se acaso você chegasse Nesse chateau e encontrasse Pilhas de mortos no chão Mais de meio milhão Raiva, revolta Acorda, é cedo Levanta que é hora De enfrentar o medo e vem Vem sambar que é no carnaval Que a gente vence a luta Chama a comunidade Ocupa a alameda Confronta a ruindade Bate forte Toca o tamborim Que o coração reclama Reclama, reclama, reclama E eu vi Eu vivi Ela ♪ Eu disse: mudo Mentiroso Ninguém te escuta Falsidade O som do surdo Ensurdece Quem não acredita na bondade A vitória é viver Nossa arma é amar Morro para renascer Vida é vida, se pulsar Nosso nome é agora Todo instante, toda hora A maldade desatina Se afogou em purpurina Foi-se embora minha amiga Reabrindo a avenida Carnaval a vida inteira Nunca é quarta-feira