Amor, não há amor Existem só provas de amor Mas, no amor, provas não bastam Tudo mentira, tudo cinema, apenas cenas Quando, em ledo engano-me, acenas Regressando em algum trem Ah essa história de amor Porque uns barcos se afastam E mil sereias cantam sem pudor Oh que trágico destino Preferi-ser o assassino Ao amante mais leal É que bandidos são úteis E nos, os amantes, fúteis Vulgaridade do mal ♪ Amar agora e crime Só a paixão nos redime Da obsessão do sublime Do ideal Tudo romance, tudo poema, apenas cenas Fazer mal do amor, é glória E o sofrer, da paz a quem Ah essa história de dor Buscar o amor sem vitória Voltar feliz, sem memória Ao paraíso terreal Oh que trágico destino Preferi-ser o assassino Ao amante mais leal É que bandidos são úteis E nós, os amantes, fúteis Vulgaridade do mal Oh que trágico destino Preferi-ser o assassino Ao amante mais leal É que bandidos são úteis E nós, os amantes, fúteis Vulgaridade do mal