Dor Profunda e tensa Que rasga a carne Purificai Orgulho Tal pensamento Tão lancinante Que fere e que trai Escravo Preso em entranhas Buscando sentido Em tudo que faz Jazigo perpétuo de sonhos Escafandro de carne Um deus tão mordaz Viver Sonhar Querer Não ter Ou perder Morrer Sangue Profano alimento Fluído da vida E é feito de fel Pecados Ditados e regras Assim na terra Como no céu Gula Luxúria e raiva Pruridos da carne O pus te consome Feridas Que coçam e sangram Inveja leprosa Domina o homem Seguir Lutar Vencer Sofrer Chorar Perder Em um labirinto de espelhos eu perco meu rosto Personagem de um livro, uma história sem autor És soberano, soberbo, é teu sofrimento Pois és tu desejo profano, o pai deste mundo Que é feito de sangue e de dor Dor! ódio Torture liberta Das garras da mente Pudor e paixão Medo É a penitência Falsa segurança Aceitar a ilusão Seguindo Com seu semelhante Em um trem de vida És tu um vagão Em trilhos De comportamento Rotulado e deixado Em alienação Um eu Um todo Um chão Um tolo Um controle Ilusão Permita-me Que te apresente Ó vil inocente Em um tom tão vulgar A inércia Que cala tua mente É a voz que pressente E que lhe faz pensar Sois escravo do vil metal Corrompido po seu próprio mal Enganado Usurpado Crucificado Domesticado Enlatado Clonado Vejo o horizonte horrendo de fogo e Cimento. Escombros de uma vida que Não soube o que é o amor Eu tentei mudar meu destino mas essa É a sina, De um filho de instintos Bastardos e soberanos Banhados em sangue e dor