Orroi', que este toque de cordeona Nós vamos trazer e contar como é A lida de um Gaúcho, no Sul do Brasil Eu me criei na campanha Saltando ao cantar do galo Enfrenando os cavalos Com cornilho amarelado Metendo o buçal na cara De um ventena que não forma É bem assim, dessa forma A lida do meu estado Quando sento minhas garras Firmezito sobre o lombo Não tenho medo do tombo Pois trago a gana charrua Só alço a perna Ao me estribar sobre o basto Pra me jogar sobre o pasto Só que me arrebente as pua' Ao trote, mascando o freio Bombeando a tala do mango Feito um compasso de tango No tilintar da barbela Um assovio extraviado Oriundo aqui da fronteira Mostrando que minha bandeira É a pampa verde e amarela Ao trote, mascando o freio Bombeando a tala do mango Feito um compasso de tango No tilintar da barbela Um assovio extraviado Oriundo aqui da fronteira Mostrando que minha bandeira É a pampa verde e amarela Fui criado desse jeito Bem ali, à campo fora Gastando o fio das esporas No couro dos aporreados Costumes que identificam A lida que me acompanha Pros encargos da campanha Trago os aperos sovados Sou mescla de fronteiriço Ao trote largo, apeio Da sina xucra do arreio Descanso a vida no pasto Simples xirú Trago a vivência comigo E à noite, cheirando abrigo Venho curtido dos bastos Ao trote, mascando o freio Bombeando a tala do mango Feito um compasso de tango No tilintar da barbela Um assovio extraviado Oriundo aqui da fronteira Mostrando que minha bandeira É a pampa verde e amarela Ao trote, mascando o freio Bombeando a tala do mango Feito um compasso de tango No tilintar da barbela Um assovio extraviado Oriundo aqui da fronteira Mostrando que minha bandeira É a pampa verde e amarela