Sentado a beira do fogo Sentindo o peso da idade Tão triste o velho tropeiro Quase morto de saudade Oitenta anos nas costas Sempre lidou com boiadas Mas nunca em suas andanças Deixou um boi na estrada Agora não pode mais Seu corpo velho, cansado Ás vezes fica caducando E começa a grita com o gado Eira boi, eira boiada Se assusta e recobre os sentidos Denovo fica calado Este velho de oitenta Muito pra mim representa Ouça o meu verso rimados Tropeiro velho que tanta tristeza Esconde o rosto na aba do chapéu Olhos cravados no fogo do chão Olha a fumaça subindo pro céu Quebra de um tapa o teu chapéu na testa Esqueça os teus oitenta janeiros Repare os campos lá vem a boiada Pela estrada gritando os tropeiro Tropeiro velho não levanta os olhos Não tem mais força é o peso...