Passatempo alheio Folha-verde desbravei Nesse trilho tão bem Mas eu não me encontrei Desse marco eu não vejo Luz que se almeja Tou na sombra que eu espelho Eu não me vejo Não me vejo, não Não me vejo, não À volta toda a saturação Dois olhos em fuga-coração E pedras-mil fazem-se chão Num verde vivo de vulcão Onde eu me pasto é onde eu não vou Onde é que fico no louvor? Caminho é perigo, fio-condutor Para cantar fado ou soltar dor? Passatempo alheio Folha-verde desbravei Nesse trilho tão bem Mas eu não me encontrei Desse marco eu não vejo Luz que se almeja Tou na sombra que eu espelho Eu não me vejo Não me vejo, não Não me vejo, não À volta tudo é complicação Desvanecendo com a razão Dou passos firmes em direção A quem os conta, quantos são? Eu fiz do medo sangue em mim Não sei se fique ou fuja daqui Cá dentro a dança é só comigo O trilho em mim é labirinto A pele que treme na pequenez Cascata-choro que se fez Tudo é reflexo dessa tez Minha água doce tem sal, não vês? Eu fiz do medo sangue em mim Eu fiz do medo sangue em mim Eu fiz do medo sangue em mim Eu fiz do medo sangue em mim