Feliz totalista, dois bilhetes prá primeira fila
Portugal, a comédia, já nos cinemas da vila
Como actores principais, políticos e pedófilos
Sem generalizar, alguns acabam por se tornar bons sócios
Um elenco de luxo de agentes corruptos
Na cidade à paisana para a recolha de lucros
A vítima: o comum trabalhador
Apanhado no fogo cruzado, criado pelo grande senhor
O argumento relata o crime do colarinho branco
Vilão morre no fim, mas o mal permanece em campo
Realização do estado, produções, dinheiro desviado
Patrocinado por um povo constantemente explorado
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
Submarinos, Paulo Portas
Submarinos, Paulo Portas
Paulo Portas, submarinos
Paulo Portas, submarinos
Políticos em comícios fazem, ilusionismo com o fogo de artifício
Manda vir um submarino
Enquanto o povo manda vir um cimbalino
As mentes estão aéreas, eles passam férias
Nós continuamos com palas e rédeas
Não há guarda na floresta, é uma festa
Em Portugal, eucaliptal há onde real é a corrupção e a desgraça
Mas não há problema enquanto houver a vinhaça
Não há stress enquanto houver uma passa
E haverá dinheiro sujo enquanto houver uma brasa
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios prá corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal
É Domingo, dia de missa e de bola
O limite de velocidade hoje é 20 à hora
A terceira idade vai em peregrinação
Prá fiscalização da última obra
Há desfile em fato-de-treino no hipermercado
Os novos ricos vão passear o carro
Transportes são lentos como repartições públicas
Cortam-se unhas, coçam-se partes púbicas
Pra não restar dúvidas, bisga no chão
E sai do tasco de garrafão na mão
E há piqueniques nas bermas das auto-pistas
Onde políticos adoram ir cortar fitas
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios pra corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal
É o país das maravilhas
Onde a Alice tira um curso pago com um mealheiro cheio de piças
Se o Papa nascesse cá era jogador de futebol
Se o Pai Natal fosse tuga fugia com o saco azul
Constituição fiscal politicamente anal
Portugal, agência de turismo sexual
A justiça toca à porta em Santa Catarina
Na porta da Casa Pia
Jet-set, aldeias, novelas, touradas
IRS, fantasmas, empresas, esquemas
Safari, os animais raros conduzem carros
Entraste no Cavaquistão, veste o Camuflado!
É cultural, fado, Fátima e futebol
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a máxima de Portugal
É fundamental, subsídios pra corrupção
Lança fogo no alto para entreter o povo todo (ei, ei)
É a sátira de Portugal
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