Manhã de cotovias Pico o macho na garupa Volver lá a Trasserra Eis que a guerra começou Bem querer, cabeça fria Vai merenda nos alforges À ilharga Dão, Mondego, Santa Comba do doutor Insurreição, insurreição Brota do Vale de Besteiros Vão a julgar, vão a julgar Três chicos-espertos, um gestor Ó Deus do céu, ó Deus do céu Berram tacheiros e beatas O meu bicho vai valente e bom de cascos Segue a estrada pra Gouveia sem temor Com o andar se chega à noite Dão malhadas às ovelhas Meu peito fiel honrado Não vê balas por um triz Dou frente ao bar da feira Dê Gouveia tinto a um santo Nem pense diz fidalgo Desses Castros de Reriz Dizem que não, dizem que não Dizem que não, não há mais vinho Mas vão mais três, ai vão mais três É vão mais três pró regedor Dizem que já, dizem que já Dizem que já não há dinheiro Mas e esse tão pimpão e anafado Deve cá beber o sangue do senhor Estrela da serra eu venho vê-la Serra da Estrela na sua terra Estrela da serra eu quero vê-la Serra da Estrela vir à guerra Ó Castelo de Linhares Já os lobos cercam o pastor Eu não tarda chego à Guarda Mora lá o meu amor Moído e satisfeito Afundo o queixo à madrugada Vêm novas que, ó da guarda Jugo espera lá por mim Estão homens de Trancoso, De Belmonte, de Manteigas No escuro, sé ao longe Largo o macho se é meu fim Rua da sé, rua da sé Corto por cima ao ver soldados Ladram os cães, ladram os cães Fica a do conde a um quarteirão Salto o portão, salto o portão Procuro abrigo nas figueiras Lá consigo ouvir no meio do sarilho O bater do coração de Portugal Estrela da serra eu venho vê-la Serra da Estrela na sua terra Estrela da serra eu quero vê-la Serra da Estrela vir à guerra