Tô em casa na segunda-feira Meio-dia mais ou menos Quando um dedo insistente Na campainha me acorda Enfio o pé no chinelo, peraê Abro a porta E o coração quase me vem na boca A criatura tava toda encharcada de chuva No seu vestido vermelho Me pedindo um telefone pra ligar Ela ligou pra Nova York Fechou um negócio da China Entre dois países que eram inimigos Disse que a coisa tava russa E elogiou o meu café Pegou uma toalha no armário do banheiro E pendurou o seu vestido no varal E eu sentado na espreguiçadeira Lendo um livro que estou lendo Quando repentinamente Ela me chama lá de dentro Enfio o pé no chinelo, peraê Abro a porta O coração quase me vem na boca A criatura estava deitada na banheira de espuma Esticando o seu pezinho Pedindo pra que eu fosse ensaboar Ela jogou a sua isca Envenenou o seu anzol Fez daquele instante um infinito Me ensinou o kama-sutra Entre bolhas de sabão Entrou em uma delas e flutuou pelo banheiro Por aí você já pode imaginar Enfio o pé no chinelo, peraê Enfio o pé no chinelo, peraê Ela jogou a sua isca Envenenou o seu anzol Fez daquele instante um infinito Me ensinou o kama-sutra Entre bolhas de sabão Entrou em uma delas e flutuou pelo banheiro Por aí você já pode imaginar