Kishore Kumar Hits

J-K - Kamikaze текст песни

Исполнитель: J-K

альбом: Complexo de Inferioridade


Primeiro passo, mudei de casa, quero ser cremado
Por isso escolho a minha última morada, não tem muito espaço
Mas eu não preciso de espaço pra nada, preciso de gavetas pra facas
Para serem afiadas depois da maca, congelado com carne de vaca
Uns dizem que a carne é fraca, mas a minha é dura como uma chapa
Não consigo furá-la com nada, acho que vou amaciá-la com cachaça
Traça, por que essa merda tem muita água, traça
Dá-lhe potencia com mais vinhaça
Suicídio nada, é o coronário de uma estratégia
Numa data prévia, engendrada e planeada
A execução do plano vê-se à vista desarmada
Em cada mortalha enrolada, no fundo de casa garrafa
No meio de cada praça, onde regurgita a noitada
Cada tentativa frustrada de arranjar uma namorada
Em cada piada falhada, em cada visita à feira da ladra
Para comprar mais uma navalha, a canalha
Enfim chegou a data, agradeço as conversas sórdidas
Em que alguém ensinava a cortar os pulsos de forma adequada
Já vejo o tonel da chegada, sinto-me leve, estou a flutuar
Tenho a mente relaxada, para entrar na glória sagrada
E a mente desligou, mas agora está acordada
Vi muito distorcida a figura do meu anjo da guarda
Mas alguma está errada, isto afinal é um gajo de batas
Isto não é uma nuvem, é uma maca
Queres que eu desenhe na minha cachaça

Just act normal
I'll ask you to do the same, but I'm afraid that ship has sailed
Ainda cá estou, este corpo obstinado
E mesmo estado com uma tosa grave
Ele não dá parte, orgulhoso
Ele não tem uma pinga de pudor
Comporta-se como um louco
Que actua sem dar valor, aquilo que pensam os outros
Mas eu oiço os pensamentos a pairarem sobre mim
Eu sou culpado deste estado, eu não tinha que ser assim
Mas fui e os remorsos e dói-me até as ossos
A única coisa que posso fazer è tomar a dose e desaparecer
Quero viajar no tempo, partir para outra era
Meto-me num avião japonês na segunda guerra
Parece que estou numa areia movediça, sadistica
Engole o meu corpo, mas deixa a minha cabeça à vista
Não devo servir pra nada, nem pra servir pra nada
Mal empregado soro, mal empregada bata
Mal empregados ventiladores
Mal empregados monitores
Mal empregados doutores, com esses olhares reprovadores
Agora penso nas cartas de despedida que escrevi
Foi difícil chegar a um texto que mostrasse o que senti
E esse pretesto tinha uma caixa que enchi
Com rascunhos e gatafunhos que só hoje abri
Reparei entre os papeis e havia uma carta de amor
Foi escrita à tanto tempo, já nem me lembro do teor
Acho que ela pr'aquela miúda, ela nem sequer era bela
Quando sair desta cama, vou telefonar pra ela

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