Você que me chamou de vagabundo De moribundo, que vira a noite e não se satisfaz Você que já contou a minha história Será estória ou será mesmo o que vou viver? Eu que já sofri sonhando tanto Quieto em meu canto, perdoei-me e resolvi andar E ontem você que me abatia Não sabia mas minha força vinha do cantar E esse meu canto que hoje eu canto aqui Nesse canto pra quem quiser me ouvir Não me resume nem me explica Mas é o que sobra de quem procura uma saída Pra se encontrar, pra se mostrar pro mundo Pra se entender, pra ser você no mundo Ô seu vagabundo Mesmo sem saber aonde eu piso Só com teu riso me sinto forte pra continuar E quando penso que estou cansado Um ombro amigo me segura para eu não parar E esse meu canto que hoje eu canto aqui Que chegue em verso e possa te fazer sorrir Não me resume, nem me explica Mas é de certo o grito rouco de uma vida Que quer falar, que quer roubar um segundo Do seu sofrer, do seu penar profundo Coração de vagabundo Hoje seu carinho comedido Não é medido pois pareço agora tão normal Mesmo assim não tenho nenhum medo E no meu peito só existe amor Em tom maior Em tom maior